Com mais de 200 roteiros realizados e nove navios dedicados exclusivamente ao mercado sul-americano, a temporada de cruzeiros de cabotagem 2024/2025 chegou ao fim no final de abril, reforçando seu papel estratégico para a economia e o turismo brasileiro.
Segundo a CLIA Brasil (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos), foram ofertados cerca de 862 mil leitos durante o período — número próximo ao da temporada anterior.
Os dados consolidados serão divulgados oficialmente em 3 de setembro, durante o 7º Fórum CLIA Brasil, em Brasília.
A expectativa é de que os resultados confirmem, ou até superem, os impactos econômicos da última temporada, que gerou R$ 5,2 bilhões e cerca de 80 mil empregos diretos, indiretos e induzidos.
Durante mais de 170 dias de operação, os navios Costa Diadema, Costa Favolosa, Costa Pacifica, MSC Armonia, MSC Grandiosa, MSC Orchestra, MSC Poesia, MSC Seaview e MSC Splendida percorreram 18 destinos no Brasil e na América do Sul.
Os principais portos de embarque e desembarque incluíram Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Maceió (AL), Paranaguá (PR) e Itajaí (SC), além de escalas em cidades como Angra dos Reis, Balneário Camboriú, Búzios, Ilhabela, Ilhéus, Recife e Fortaleza, entre outras.
De acordo com levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV), cada cruzeirista gera impacto econômico médio de R$ 668,91 nas cidades de escala e R$ 877,01 nos portos de embarque e desembarque.
Os números evidenciam a importância da atividade para o turismo local e para a economia regional.
Além dos roteiros nacionais, o Brasil também se destacou como destino de cruzeiros internacionais. Mais de 30 navios de longo curso fizeram escalas em mais de 40 cidades brasileiras, de norte a sul.
Capitais como Manaus (AM), Belém (PA), Salvador (BA), Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ) receberam turistas estrangeiros, assim como Parintins (AM), Alter do Chão (PA), Ilhabela (SP) e Porto Belo (SC).
Com o encerramento da temporada, a CLIA Brasil inicia agora uma série de reuniões com autoridades públicas e representantes do setor em todas as cidades que receberam navios.
O objetivo é revisar boas práticas, identificar melhorias e alinhar estratégias para garantir o crescimento sustentável da atividade.
“Foi uma temporada importante para a nossa indústria e para os destinos, que comemoraram os impactos positivos dos cruzeiros nas economias locais”, destaca Marco Ferraz, presidente da CLIA Brasil.
“A indústria continua trabalhando para oferecer experiências únicas, com responsabilidade e alto padrão de serviço”, acrescenta.
“Mas o Brasil precisa avançar em competitividade frente a outros destinos globais. Custos equilibrados, segurança, previsibilidade e sustentabilidade são pilares essenciais”, finaliza Ferraz.