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Relatório anual da CLIA mostra que a indústria de cruzeiros está no rumo da sustentabilidade ambiental

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A Cruise Lines International Association (CLIA), divulgou seu Relatório Anual de Tecnologias e Práticas Ambientais da Indústria Global de Cruzeiros.

O relatório mostra um progresso contínuo do setor no avanço de sua agenda ambiental e de sustentabilidade.

Entre as ações estão investimentos em navios e tecnologias para a adoção de combustíveis de transição e alternativos.

“As linhas de cruzeiros continuam reduzindo suas emissões no mar e nos portos, com o objetivo de atingir emissões líquidas zero até 2050”, disse Kelly Craighead, presidente e CEO da CLIA.

O relatório de tecnologias ambientais deste ano demonstra esse progresso, com a indústria investindo em:

– Tecnologias de motores com capacidade de conversão que permitirão que os navios utilizem mais fontes de energia renovável à medida que se tornem disponíveis;

– Passos incrementais importantes para empregar uma variedade de outras tecnologias e práticas ambientais para avançar nas iniciativas de sustentabilidade da indústria.

Destaques do Relatório de Tecnologias e Práticas Ambientais de 2024 da Indústria

Perfil da Frota

A frota oceânica dos membros da CLIA inclui 303 navios e uma capacidade total de 635.000 cabines baixas operadas por 45 marcas de cruzeiros, representando 90% da capacidade — um aumento de 3,6% e 3,34%, respectivamente, em comparação ao ano anterior.

A análise da frota atual dos membros da CLIA indica que a maioria dos navios de cruzeiro oceânicos são de pequeno a médio porte, com a distribuição do tamanho da frota da seguinte forma:

  • 35% dos navios são pequenos (menos de 1.000 cabines baixas);
  • 38% dos navios são de médio porte (1.000 a menos de 3.000 cabines baixas);
  • 26% dos navios são grandes (mais de 3.000 cabines baixas).

Flexibilidade de Combustível

As linhas de cruzeiros membros da CLIA estão investindo em novos navios e motores que permitem flexibilidade no uso de combustíveis. Isso inclui a capacidade de usar biodiesel renovável, investimentos na capacidade de usar metanol verde quando disponível e gás natural liquefeito (GNL).

Navios projetados com motores e sistemas de fornecimento de combustível capazes de operar com GNL poderão, no futuro, mudar para combustíveis zero ou quase zero, como bio ou GNL sintético, sem modificações nos motores.

  • 19 navios (representando 7% da frota e 13% da capacidade global da frota) estão utilizando GNL como propulsão principal.
  • O GNL tem emissões de enxofre praticamente nulas e emissões de partículas quase inexistentes, reduzindo as emissões de NOx em aproximadamente 85% e alcançando até 20% de redução nas emissões de GEE.

Tecnologia de Redução Catalítica Seletiva (SCR)

71 navios, representando 25% da frota e mais de 20% da capacidade global, possuem sistemas SCR — um aumento de 34% em relação a 2023.

A tecnologia de Redução Catalítica Seletiva (SCR) reduz a emissão de partículas e óxidos de nitrogênio, ajudando os navios a atender aos padrões de emissões da classificação Tier III da IMO para NOx.

Conexão à Energia em Terra (OPS)

Conectar-se à OPS quando os navios estão no porto permite que os motores sejam desligados, reduzindo significativamente as emissões poluentes em até 98%, dependendo da matriz energética utilizada, segundo estudos de vários portos e da Agência de Proteção Ambiental dos EUA.

  • 147 navios podem se conectar à OPS (52% do total de navios e 61% da capacidade) — 23% mais do que no ano anterior e 167% mais desde 2018.
  • Até 2028, 239 navios com capacidade para se conectar à OPS devem estar em serviço.

Atualmente, 35 dos portos em todo o mundo onde navios de cruzeiro atracam (menos de 3%) possuem um cais de cruzeiro com OPS.

Sistemas Avançados de Tratamento de Esgoto (AWTS)

A maioria dos navios de cruzeiro membros da CLIA utiliza sistemas avançados de tratamento de esgoto (AWTS), que são capazes de exceder os requisitos da Convenção MARPOL Anexo IV e, em alguns casos, funcionam melhor do que as estações de tratamento em terra.

  • 225 navios (80% do total, representando 84% da capacidade global) estão equipados com AWTS.

Produção de Água Doce

A maioria dos membros da CLIA produz sua própria água doce a bordo dos navios, com 267 navios (representando mais de 94% dos navios relatados e 96% da capacidade global) sendo capazes de fazer isso.

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